Bemposta enquadra-se numa zona muito rica em paisagens agrestes de beleza incomparável e, ao mesmo tempo, vasta zona planáltica, onde se espreguiçam as cearas e arvoredo diverso, que fazem parte do Parque Natural do Douro Internacional.

Pode dividir-se em quatro zonas o ambiente que rodeia Bemposta.

            A primeira que se mostra ao visitante, é uma zona contínua do planalto mirandês. O terreno multicolor, verdejante com as sementeiras, ou o louro das searas ondulantes, penetra nos nossos olhos ao longo da estrada, que nos leva até à aldeia.

            Porém, quando se chega junto da aldeia, vê-se o verde dos lameiros e das hortas, ora com as suas cegonhas de rega, ora com as noras.

Mas subindo a aldeia, até à capela de Santa Bárbara, ou percorrendo os seus arrabaldes, a vista transforma-se. Da Capela de Santa Bárbara, logo por baixo do fragaredo, onde se situa a mesma e termina a povoação, os minifúndios alongam-se pelos montes e encostas, que vão dar ao rio Douro. Numa simbiose amena encadeiam-se as oliveiras, as vinhas e amendoeiras, fonte tradicional de rendimento da população, ou algumas matas de sobreiros e de zimbros, ou apenas chaguarços e estevas. É uma paisagem digna de ser apreciada. Lá ao longe, vêem-se os antigos socalcos das vinhas espanholas ou os terrenos de Peredo de Bemposta ou até de Bruçó. Se nos virarmos, para Norte, é toda a aldeia e o planalto mirandês que se avista.

            Contudo, se nos dirigirmos para o lado Poente, em direcção a Lamoso, aparece-nos a ribeira de Bemposta. No seu percurso existiam diversos moinhos, para moer o pão, tal como no rio Douro as 6 azenhas.