Douro
Internacional: Autarcas e
empresários reivindicam uma ligação
entre Zamora e o Porto
através de uma variante ao IC-5
Noticia RBA
Autarcas e empresários portugueses e
espanhóis uniram-se para reclamar a
construção de uma ligação rodoviária
que ligue Zamora ao Porto, através
da barragem portuguesa de Bemposta
com prolongamento para o futuro
IC-5.
Através desta via de comunicação,
Portugal e Espanha ficariam unidos
através de uma “espécie de variante
ao IC-5” a ter início junto a Urrós
(Mogadouro), a qual penetraria em
território espanhol através de
barragem de Bemposta, passando por
localidades espanholas como
Fermoselle, Bermilho de Sayago,
rumando a Zamora através da estrada
regional 525.
O primeiro passo foi dado pelo
autarca espanhol de Formoselle,
através de um projeto inscrito no
Plano Regional de Estradas de
Castela e Leão, com mais de 20
autarquias de ambos os lados da
fronteira a darem aval ao arranque
do processo.
O alcaide de Fermoselle, Manuel
Luelmo, avançou que com esta ligação
através do IC-5, os espanhóis
ficarão mais próximos do litoral
português, por seu lado os
portugueses mais próximos de cidades
como Zamora ou até mesmo Madrid.
“Esta ligação é importante para o
desenvolvimento das potencialidades
económicas da região
transfronteiriça das arribas do
Douro, já que estamos a meio caminho
de Madrid e do Porto”, argumentou o
autarca castelhano.
Com esta ligação, o tempo de viagem
entre Formoselle e o litoral
português seria encurtada em cerca
de uma hora.
Esta proposta surge numa altura em
que outros municípios portugueses e
espanhóis reclamam outras ligações
entre Espanha e Portugal, como é
caso da ambicionada ponte
internacional que ligue Masueco
(Salamanca) e Ventuzelo (Mogadouro).
Outras da pretensões é o
prolongamento do IC-5 para Espanha
através de Miranda do Douro/
Torregamones, com ligação a Zamora.
-Serviço de Urgência Básico
de Mogadouro
É com satisfação que vemos o
SUB, de Mogadouro iniciar os seus trabalhos, pois será uma mais
valia para o acompanhamento da saúde da população. O serviço está em
permanência, entre 9 e as 16 horas, todos os dias.
Novas Estradas para Bemposta
(Inf. Portal do Governo)
Relativamente à
construção da auto-estrada-Porto / Bragança, IC5-Murça / Miranda e
IP2-Celorico / Macedo, o secretário de estado, Paulo Campos, anunciou a
9 de Março, que até Setembro as obras arrancam e, devem estar em
Novembro do próximo ano os primeiros lanços concluídos. O final das
obras está previsto para o ano de 2011. O tempo dos percursos será
reduzido em 90 minutos Mogadouro/Porto e Mogadouro/Guarda em 50 minutos.
(tecle
para ver maior )
Ic5
Ip2
Segundo o Governo as três
obras vão ser adjudicadas em 2008,
lançadas as obras em 2009, concluindo-se em
2011.
Auto-estrada Porto - Bragança
IP4
O
Túnel do Marão,
que permitirá a ligação em auto-estrada entre Amarante e Vila Real, com uma
extensão de 30 km, que se encontra neste momento em concurso e cujas
propostas serão entregues já no próximo dia 6 de Julho;
Concurso
público internacional para a subconcessão de
lanços viários associados designada por
«Subconcessão Douro Interior».
IC5
- Pópulo (IP4) a Miranda do Douro, aproximadamente 129
km
A partir da IP4
- Murça/Pópulo (IP4)/nó de Pombal, com a extensão
aproximada de 23 km;
- nó de
Pombal/Nozelos (IP2), com a extensão aproximada
de 25km;
- Nozelos (IP2)/Miranda do Douro
(Duas Igrejas), com a extensão aproximada de 81
km
Terá ainda os seguintes
nós:
-
nó de Meirinhos;
- nó de Castelo
Branco;
- nó de Vale de Porco;
- nó de Mogadouro;
- nó de Sanhoane;
- nó de Urrós
Concurso
público internacional para a subconcessão de
lanços viários associados designada por
«Subconcessão Douro Interior».
IP2-Celorico da Beira a Macedo
de Cavaleiros, aproximadamente 115 km
A partir da IP5
- Trancoso/Celorico da
Beira
(IP5),
incluindo ligações, com a extensão aproximada de
28 km;
- Longroiva/Trancoso,
com a extensão aproximada de 23 km;
- Pocinho/Longroiva,
a extensão aproximada de 18 km;
-
Junqueira/Pocinho, com a extensão aproximada de
18 km;
- Valebenfeito/Junqueira,
com a extensão aproximada de 28 km;
- Macedo de
Cavaleiros
(IP4)
Valebenfeito, com a extensão aproximada de 11
km.
Burro mirandês
perde apoios e volta a estar em risco
Rádio Brigantia
/22 Fevereiro 2006
O burro mirandês fica ainda mais em risco, depois do Governo ter voltado atrás no compromisso de apoiar os criadores desta raça autóctone em risco de extinção. A direcção da associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino fala num trabalho de quatro anos deitado por água abaixo, os criadores já pensam em pelo menos diminuir a criação.
Desde há quatro anos que a Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino promove o registo dos burros de raça mirandesa, para ter um conhecimento mais extenso sobre a espécie. Para a promoção da raça, no ano passado o Governo deu garantias de que os criadores iriam receber um apoio por cada exemplar que estivessem a criar. Seriam cerca de 170 euros a ser pagos este ano, referentes a 2005, através das Medidas Agro ambientais. Na passada semana um volte face nas promessas e o Governo diz agora que já não há apoios. Miguel Nóvoa, presidente da Associação para o Estudo do Gado Asinino diz que “todo o trabalho da associação está posto em causa”. “A própria imagem da Associação está comprometida”, afirma Miguel Nóvoa. Isto depois de ter conseguido aumentar em cerca de 800 por cento o número de nascimentos de burros mirandeses. José Maria Marcos é criador de quatro burros mirandeses e apesar de não ponderar deixar a criação, já fala em diminuir o número de exemplares. Também os criadores da vaca mirandesa e a ovelha churra galega vão ficar sem subsídios.
Selos com máscaras transmontanas
Jornal Nordeste
24-05-2005
Os CTT acabam de lançar uma colecção de selos que retrata as Máscaras de Portugal.
Na nova série filatélica incluem-se os Caretos de Salsas e Aveleda, concelho de Bragança, e o
Chocalheiro de Bemposta, concelho de Mogadouro.
Os novos selos, da autoria de Carlos Leitão/Atelier Acácio Santos, serão lançados em séries de cinco, com valores faciais de 0.10, 0.30, 0.45, 0.57 e 0.74 euros.
Entidades portuguesas e espanholas ponderam candidatura conjunta
Máscaras e Festas de Inverno a Património Mundial
Semanário Transmontano
Algumas entidades portuguesas e espanholas dizem-se dispostas a unir esforços no sentido de, conjuntamente, candidatarem as tradicionais máscaras e festas dos rapazes, no Nordeste Transmontano, e as Festas de Aliste, em Espanha, a Património da Humanidade. O desafio feito às duas zonas transfronteiriças para que avancem com uma candidatura à Unesco foi lançado pelo presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, aquando da apresentação do projecto “Territórios Ibéricos”, e mereceu desde logo a aceitação e o entusiasmo da parte dos vários intervenientes ligados às áreas culturais de cada país. O autarca brigantino sugeriu ainda que houvesse um “trabalho conjunto” no sentido de que aquelas expressões culturais tradicionais sejam “valorizadas”, avançando que Bragança está “disponível” para inserir o projecto do futuro Museu da Máscara daquela cidade no âmbito do possível projecto de intercâmbio cultural. A proposta interessou ao delegado da Cultura do Norte, José Costa Leite, que admitiu a vontade de fazer da entidade que dirige uma “parceira” do projecto. “A ideia representa uma boa candidatura para a Unesco, para além de poder alertar para a necessidade de preservar e dinamizar aquele património cultural”. No entender do director geral da Promoção e Instituições Culturais de Castela e Leão, Alberto Gutiérrez Alberca, as semelhanças entre aquelas tradições dão consistência à ideia. “Este tipo de candidaturas [de conservação do património imaterial] têm mais possibilidade de êxito do que as do património monumental e têm mais êxito quando são apoiadas por dois países”, afirmou. O director do Museu Etnográfico de Zamora, Carlos Piñel, salientou a “riqueza extraordinária” daquelas tradições, “que não existem mais em toda a Europa”, congratulando-se com a ideia de avançar neste desafio em conjunto com Portugal.
Maria de Fátima Garcia
Resolução do Conselho de Ministros que aprova (ver lei)
o Plano de Ordenamento do Parque Natural do Douro Internacional (POPNDI). 7/2005
O Plano de Ordenamento do Parque Natural do Douro Internacional (POPNDI), aprovado na generalidade, estabelece o regime de utilização do espaço e as orientações de gestão a observar naquela área protegida, com vista à conservação da biodiversidade e do património cultural, articulados com o desenvolvimento rural da região abrangida.
O POPNDI, que integra parte dos municípios de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo, tem os seguintes objectivos: i) gestão racional dos recursos naturais e das actividades de recreio e turismo; ii) protecção dos valores naturais, paisagísticos e culturais; e iii) correcção dos processos que podem conduzir à degradação dos valores naturais em presença, criando condições para a sua manutenção e valorização.
Combate à desertificação humana nas Arribas do Douro / Mogadouro
Notícia do Mensageiro de Bragança / 2005-06-30
Projecto de combate à desertificação humana envolve seis aldeias situadas no Parque do Douro Internacional
A Subcomissão Regional do Norte de Combate à Desertificação está a desenvolver um projecto-piloto para a revitalização do Nordeste Transmontano. Para já fazem parte do projecto as seis aldeias do Parque do Douro Internacional (PNDI) – Bemposta, Peredo de Bemposta, Vilarinho dos Galegos, Bruçó, Ventuzelo e Urrós.
Para retroceder o processo de “desertificação humana” a que se tem assistido nos últimos anos, a subcomissão, entidade promotora do projecto, pretende potenciar os usos e costumes, primeiramente, da área piloto das Arribas do Douro, englobada na área do PNDI. Para tal, segundo Vítor Rego, um dos coordenadores do projecto, estão a ser realizadas várias reuniões com vista a actuar no terreno, nomeadamente “ao nível da recuperação das fachadas de edifícios antigos e da revitalização de profissões antigas, como o latoeiro, o albardeiro, o pedreiro, o carpinteiro”, conta o coordenador. O principal objectivo, segundo afirma, é conseguir “criar riqueza e atrair pessoas de fora da região, nomeadamente, do litoral, fixando, assim, a população”. Outra das iniciativas relacionadas com o projecto prevê a “colocação de postos de venda de produtos regionais, em edifícios antigos recuperados segundo a traça original da região”. “Deste modo, as populações poderiam vender os seus produtos, como o centeio, os enchidos, o mel, o azeite, o queijo, que são produtos pelos quais as populações residentes no litoral estão sequiosas”, afirmou. Estas medidas, segundo defende, funcionariam como motor de alavanca para trazer visitantes à região que “acabariam também por ficar para comer e dormir, criando riqueza”. Para já, o projecto está em fase de iniciação e, segundo Vítor Rego, “começaram a ser estabelecidos os contactos com as populações e com as autarquias no sentido de remeter os mesmos ao nível das instituições oficiais”, de modo a que as várias iniciativas possam ser candidatadas ao financiamento comunitário no âmbito da medida Agris.
PNDI como potenciador da região Aproveitar os recursos naturais para assim atrair visitantes é outro dos objectivos previstos no projecto. O PNDI, como parceiro neste projecto-piloto, terá “um papel que visa, sobretudo, a conservação e potencialização desta área, através do sector do turismo, que será a sustentabilidade desta região no futuro”. Vítor Batista, presidente da comissão directiva do PNDI, explica que, “como parceiros estamos a estabelecer protocolos e a desenvolver acções no sentido de dotar o parque com estruturas que sejam mais-valias, tais como cais fluviais”. Em fase de execução estão já os cais fluviais de Sendim, Bemposta, Peredo de Bemposta e Mazouco, mas Vítor Batista prevê, ainda, dotar o parque com uma rede de miradouros e parque de merendas. “Toda esta estratégia visa uma colaboração estreita com as autarquias, porque o parque sozinho não consegue. O desenvolvimento da região tem de ser uma responsabilidade de todos”. Primeiramente, a área de intervenção serão as Arribas do Douro, mas o objectivo é que o projecto se alargue a todo o Nordeste Transmontano. Segundo nos explica Vítor Rego, “este é um projecto que nunca estará concluído e no qual queremos desenvolver várias e diferentes iniciativas que envolvam as populações e que envolvam depois outras aldeias e freguesias”. O projecto-piloto foi apresentado em Bruçó, no concelho de Mogadouro, a 24 de Junho, pela Subcomissão Regional do Norte, em parceria com o PNDI, numa iniciativa na qual participaram mais de cem crianças do ensino pré-primário. Através do contacto com a natureza pretendeu-se, segundo Vítor Rego, assinalar de forma simbólica o Dia Mundial de Combate à Desertificação, “envolvendo as crianças e sensibilizando-as para toda esta problemática”.
Carla A. Gonçalves
Grande descoberta
Mogadouro online
Os painéis, 16 que foram recentemente postos a
descoberto na Capela de Santo Cristo, em Bemposta, concelho de Mogadouro, datam,
segundo parecer do historiador de história de arte da Faculdade de Letras de
Lisboa, Luís Afonso, do século XVI. Segundo este investigador, “o conjunto de
pinturas murais deverá corresponder a um rico e interessante programa narrativo
da Paixão de Cristo, datado da segunda metade do Século XVI, ou da primeira
década do século seguinte, embora o seu carácter vernacular seja um obstáculo
para o seu estudo mais aprofundado.” Sendo assim, e a julgar pelos modelos
iconográficos em questão, pelo tipo de nimbos, pela sua composição e datação dos
adereços usados, como taças e túmulos, e através da paleta empregue “podemos
estar perante um trabalho realizado no terceiro quartel de 1500. No entanto,
alguma indumentária presente parece apontar para uma data mais próxima de 1600,
pelo que é um pouco difícil conseguir encontrar um intervalo cronológico mais
estreito para o conjunto de pinturas”, refere o historiador... Apesar da
valiosidade do achado, a entidade responsável, o IPPAR parece não estar muito
interessado em recuperá-los. Assim a sua actuação limitou-se ao envio de um
documento à Comissão Fabriqueira de Bemposta, onde dá conta da época das
pinturas e os endereços de alguns artistas capazes de recuperar os painéis. Fica
pois agora a aguardar-se que alguma entidade se digne tomar conta dos achados e
preserve o que é parte integrante da memória colectiva de uma freguesia.
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